terça-feira, 23 de agosto de 2011

Informativo sobre a PARALIZAÇÃO - UTFPR - CM

No dia 31 de agosto encerra-se o período para o encaminhamento de propostas para o orçamento de 2012. Uma vez encerrado este prazo, novas negociações só poderiam ocorrer a partir do próximo ano.

O atual orçamento em trâmite, uma vez aprovado, levará a uma situação de calamidade na manutenção da qualidade do Ensino, pois provocaria um estrangulamento nos recursos atualmente repassados às Universidades.

Todos sofreriam seus efeitos: técnicos, docentes e alunos, já que a falta de novos repasses provocaria uma limitação – ou até inviabilizaria - a estrutura já existente, afetando o custeio de laboratórios e material de consumo, podendo comprometer ainda o andamento de projetos de pesquisa e extensão em curso, bolsas e demais recursos que beneficiam diretamente alunos e pesquisadores.

Finalmente, poderá levar ao colapso de um sistema que vem acumulando crises em razão do atual modelo de expansão adotado: o aumento da oferta de cursos e a abertura de novos campi tem sido realizada com base nas promessas de incremento do orçamento, o que não vem ocorrendo.

Com efeito, temos convivido com uma situação na qual professores assumem uma carga horária de aulas para além daquilo que seria o ideal, comprometendo a qualidade do ensino ofertada; isto, somada ao desânimo frente as constantes perdas salariais, corroendo os vencimentos básicos ano após ano, e a falta de materiais e equipamentos básicos em laboratórios e em salas de aula. Por fim, a falta de compromisso quanto a uma política de retribuição e gratificações em virtude da constante qualificação profissional, entre outros, compõe o quadro de dificuldades ora experimentado.

O problema é que o Governo Federal não tem sinalizado saídas concretas para essa situação de crise, e, para piorar, o prazo se esgota, já que passado 31 de agosto, nada mais poderá ser feito no âmbito de novas emendas orçamentárias.

Diante disto, os profissionais Docentes vêm à público exigir um compromisso claro do Governo para as políticas públicas de financiamento para a Educação, incluindo o cumprimento do preceito constitucional quanto à obrigatoriedade da reposição salarial  baseado nos índices de inflação – DIEESE (salários que atualmente acumulam mais de 40% de perdas), e o cumprimento do compromisso assumido ainda na campanha eleitoral quanto ao repasse de 10% do PIB para a Educação – atualmente, esse repasse constitui vergonhosos 5,1%. Também a abertura de canais mais claros de negociação com as categorias fazem parte da nossa reivindicação. Por estes motivos acima elencados, optamos pela paralisação. 


Na Assembléia do dia 22/08 ficou decidido o seguinte:


- Paralisação de advertência dos docentes para os dias 23 e 24/08;


- Atividades de mobilização envolvendo alunos e professores, a fim de deixar claro junto à comunidade interna e externa os objetivos e a finalidade da paralisação dos docentes.


- Assembléia mista (professores e docentes) para o dia 23/08 (terça-feira), às 08:30 da manhã, com o intuito de formar uma comissão de alunos e professores para organizar as atividades da mobilização.
Informativo - UTFPR

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